quinta-feira, 24 de março de 2011

DEPOIS DA ESTREIA #5 - O SEQUESTRO DE UM HERÓI


título original: (Rapt)

lançamento: 2009 (Bélgica, França)

direção:Lucas Belvaux

atores:Yvan Attal, Anne Consigny, André Marcon, Françoise Fabian.

duração: 125 min

gênero: Drama

***** ATENÇÃO, CONTEM SPOILERS DO COMEÇO AO FIM *****

Para que um filme dê certo, é necessária uma enorme série de fatores. Direção, fotografia, trilha sonora, elenco, divulgação... Quando esses quesitos estão sintonizados, transforma a obra em algo único, quando múltiplas dessas características funcionam, a película é boa, só no filão de filmes de ação, há um sem número exemplos em que o diferencial não é direção ou atuação, mas sim o carisma do elenco. Neste “Rapt”, o “não-êxito” é justamente na divulgação, fator tão forte em filmes Stallonescos e Vandammescos. Erro esse possivelmente deve ter sido exclusivo do Brasil, pois infelizmente o cinema francês não é tão divulgado quanto o norte-americano (é até desigual a comparação).

“O sequestro de um herói” acerta demais, não apela para erros tão corriqueiros, é novo mesmo num tema tão abordado já, te atuações pontuais, personagens verossímeis e principalmente humanos. O título que o filme recebeu aqui talvez engane, pois o protagonista é tão falho quanto todos os outros. O seqüestrado é um bon vivant, gastador absurdo, jogador viciado e altamente “depravado” sexualmente, não teria nada para ser apontado como exemplo, é deprimido e mesmo ao ser libertado continua se sentindo cativo, seja pelos que o cercam, ou pela chantagem que os seus seqüestradores e algozes impõem ao mesmo.

Se não há uma grande trama/história/aventura por trás do seqüestro – pois o motivo foi monetário – o filme compensava com uma realidade absurda, com pessoas reais numa situação que poderia sim acontecer, e não é pretensioso em momento nenhum, ao contrário de outro filme de 2010, um ano depois de “Rapt”, chamado a “A origem”, que pretensamente era uma história mais densa, de ficção científica mesmo, ma se perde tentando realizar um filme assalto, onde não obtém êxito em momento algum. “Rapt” é simples e visceral, porque quer ser assim, e por isso tem um êxito tão grande, pena não ter uma campanha de marketing tão presente como de “Inception” no Brasil, ser lançado somente agora, sendo que foi exibido em 2009 é de uma infelicidade muito grande, pois é muito superior a maioria de seus "equivalentes” atuais e de dois anos atrás.

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