quinta-feira, 12 de março de 2009

Õ Blésq Blom-Titãs

Blésq Blom -"os primeiros homens que andaram sobre a terra" Mauro,o rei do rock

Quinto disco de estúdio da banda Titãs,retrato da parceria com Liminha,produtor amado por alguns e execrado por tantos outros, fãs ou não da banda.

Comumente comenta-se que seria um disco conceitual,carregado de deboches e o fim de uma fase áurea para os meninos da banda,que começara em "Cabeça Dinossauro" (1986) e seria seguido por Jesus não tem dentes no país dos banguelas"(1987),um som mais visceral e diferente dos primeiros trabalhos dos mesmos.Mais ao contrario dos anteriores este álbum traz um pouco mais de "esforço cerebral" com letras pensadas e forjadas para serem refletidas e apreciadas como uma maneira única se interpretar a música em si, além de ter elementos tropicalistas,com uma pitada de sonoridade punk anteriores,começando a recitar um pós-punk,que seria marca registrada da banda nos anos 90.

"Introdução por Mauro e Quitéria" (Mauro, Quitéria) mistura de palavras em grego,italiano,inglês and etecera,executada pela dupla pernambucana Mauro e Quitéria,começando com uma coisa bem brasileira que são os repentistas,seguido por "Miséria"(Arnaldo Antunes, Paulo Miklos, Sérgio Britto),esta com muitos elementos tropicais e ênfase maior no teclado e sons eletrônicos em detrimento das guitarras,dessa vez postas de lado.A letra discorre sobre o estado deplorável em que vive grande parte da população mundial,que ao contrario das autoridades sabe ser bem isenta de preconceitos regionais.

Uma brincadeira em relação aos temas letrísticos,"O Camelo e o Dromedário" (Marcelo Fromer, Nando Reis, Paulo Miklos, Tony Bellotto) trata e falar sobre algo muito intrigante como a diferença entre os 2 animais,com alusões as diferenças entre os seres,na verdade,um deboche em relação a diferença entre os humanos -"O Camelo está na letra C de quase todo abecedário, A letra D por sua vez traz sempre a figura do Dromedário" é um deboche a frases com rimas forçadas.

Com um pop-rock mais rápido,talvez um suspiro de nostalgia relativo a primeira fase titânica,"Palavras" (Marcelo Fromer, Sérgio Britto) exacerba isso.Usando um tema bem cotidiano como o cuidado para com os dizeres e mostrando que palavras,são só palavras-tá bom,é um pouco mais profundo que isso.


"Natureza Morta" (Arnaldo Antunes, Arnolpho Lima Filho, Branco Mello, Marcelo Fromer, Paulo Miklos, Sérgio Britto) não deixa de ser um pretexto para introduzir a música que seria o hit do cd,contudo tem um tom meio grotesco e realista.Seguido por "Flores" (Charles Gavin, Paulo Miklos, Sérgio Britto, Tony Bellotto) que é uma das "músicas-poesias" da banda,com frases imcompreendidas e sentidos duplos de como o amor pode ser prejudicial e nocivo ao ser humano.


"Racio Símio" (Arnaldo Antunes, Marcelo Fromer, Nando Reis) é um jogo de palavras e frases desconexas que mantém-se ligadas por uma linha bem fina de sentido lógico,igualando o pensamento humano medíocre e conformista a mentalidade de nossos "antepassados" peludos.


"O Pulso" (Arnaldo Antunes, Marcelo Fromer, Tony Bellotto)-mais do que uma lista de doenças,e sentimentos ruins,torna-se um questionário de como o ser humano consegue viver com tantas coisas mortíferas ao seu redor,e o country-folk "32 Dentes" (Branco Mello, Marcelo Fromer, Sérgio Britto) mostra o quanto o homem sincero devia se preocupar,em quem deve confiar-todos aqueles que tem malícia no caso-e do que não pode se tornar,ao crescer.


"Medo" (Arnaldo Antunes, Marcelo Fromer, Tony Bellotto)-trata obviamente do próprio,da covardia e do apego a monotonia e a rotina.Prega que sem riscos e escolhas drásticas,a vida não tem muita graça.

Ao contrário do que o nome sugere "Deus e o Diabo" (Nando Reis, Paulo Miklos, Sérgio Britto) ,não é um gráfico comparativo entre as duas "divindades",e sim uma demonstração das diferenças entre os seres que deveriam pensar,e fazer a diferença com essa capacidade.Tá bom,é uma análise muito profundo pra algo que é mais raso do que parece,ponto para os "eletrônicos" usados na música.

Como que um escárnio na relação conheciento-inteligencia-necessidade, "Faculdade" (Arnaldo Antunes, Branco Mello, Marcelo Fromer, Nando Reis, Paulo Miklos),entre tantas outras necessidades básicas do ser humano exemplar e ligado aos bons costumes sociais e preso a vontade de ser alguém bem sucedido financeiramente e profissionalmente,explora com sarcasmo a ilusão e falsidade da sociedade em geral.

Fechado por "Vinheta Final por Mauro e Quitéria" (Mauro, Quitéria) do integrante titânico mais inteligente.E por hoje é só.

by:Txa txa txa e Novelli

2 comentários:

Anônimo disse...

Uhuuu...
Mow vibe hein!!!
Não conheço a fio todos os trabalho, ainda assim eu gosto à vera...But, Õ Blésk Blom não é o meu favorito, do que escuto com frequencia gosto mais de Titanomaquia, mas uma coisa é fato, Novelli faz qualquer assunto ficar cool pra "dedéu"... até deu vontade de escutar...=)

Anônimo disse...

*trabalhos...hehe